Eu que tenho andado por aí
que tenho feito algumas coisas sem sentido
que algumas vezes não refletem o que sou
eu que tenho sido já tantas mulheres
quero agora te mostrar
o que tão longamente em mim se acumulou
quero agora tirar os sapatos e o cansaço
de te contar vitórias inventadas
de inventar histórias necessárias
a insegurança toda fantasiada
as emoções fugindo de medo
a verdade posta assim fora do alcance
eu quero te mostrar
o que tão de repente em mim perdeu o sentido
mostrar as minhas marcas de nascença
te levar pra casa da minha mãe
descer as escadas, te contar
os quartos que eu tive, os cachorros que eu tive
eu quero te mostrar meu mal e o meu veneno
ranhuras escondidas, encontros furtivos
as saídas, os cinemas ordinários
como sonhei nas noites e quantas febres
quantos desejos na ponta dos meus dedos
quanta ameaça de pecado e quanto medo
eu quero te mostrar que eu nem mesmo sou bonita
olhada assim de perto às vezes
e tenho momentos de um ridículo irremediável
e uma série de pequenas vergonhas
Você há de notar logo o quanto eu preciso
que voce goste de mim
o quanto eu me desfaço e arrebento
e o quanto eu tento voltar sempre inteira
você há de perceber que eu sou de uma fragilidade
meio assim asa de passarinho
de pardal comum, e muitas vezes
não tem brilho nenhum a minha intimidade
você vai reparar minha impotência
diante de quase tudo e o medo que eu tenho
que você não goste de mim
que você saia primeiro
e me deixe sozinha
atrás desse cenário mal feito
desse teatro vagabundo
que tá ameaçando a cair
Bruna Lombardi
que tenho feito algumas coisas sem sentido
que algumas vezes não refletem o que sou
eu que tenho sido já tantas mulheres
quero agora te mostrar
o que tão longamente em mim se acumulou
quero agora tirar os sapatos e o cansaço
de te contar vitórias inventadas
de inventar histórias necessárias
a insegurança toda fantasiada
as emoções fugindo de medo
a verdade posta assim fora do alcance
eu quero te mostrar
o que tão de repente em mim perdeu o sentido
mostrar as minhas marcas de nascença
te levar pra casa da minha mãe
descer as escadas, te contar
os quartos que eu tive, os cachorros que eu tive
eu quero te mostrar meu mal e o meu veneno
ranhuras escondidas, encontros furtivos
as saídas, os cinemas ordinários
como sonhei nas noites e quantas febres
quantos desejos na ponta dos meus dedos
quanta ameaça de pecado e quanto medo
eu quero te mostrar que eu nem mesmo sou bonita
olhada assim de perto às vezes
e tenho momentos de um ridículo irremediável
e uma série de pequenas vergonhas
Você há de notar logo o quanto eu preciso
que voce goste de mim
o quanto eu me desfaço e arrebento
e o quanto eu tento voltar sempre inteira
você há de perceber que eu sou de uma fragilidade
meio assim asa de passarinho
de pardal comum, e muitas vezes
não tem brilho nenhum a minha intimidade
você vai reparar minha impotência
diante de quase tudo e o medo que eu tenho
que você não goste de mim
que você saia primeiro
e me deixe sozinha
atrás desse cenário mal feito
desse teatro vagabundo
que tá ameaçando a cair
Bruna Lombardi
Olá, amiga. Gosto dos poemas da Bruna Lombardi. Ótima escolha. Beijocas.
ResponderExcluirOi Sil,
ResponderExcluirParabéns pela escolha deste belo poema, escrito pela Bruna Lombardi.
Há muito acompanho a carreira dela, mas não conhecia esta veia poética.
Espero que este poema retrate um pouco de voce, será ? rsrs.
Seu blog é muito especial.
bjs.
Olá Sil, eu não conhecia esta poesia da Bruna Lombardi, gostei do seu blog e obrigado...
ResponderExcluirAté mais...Bjs!