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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz Ano Novo!

É chegado um Novo Ano
Junto a ele encerram-se alguns capítulos
É chegado um Novo Tempo
Cabe a nós fazê-lo realmente Novo.
É tempo de levantar as mãos aos céus e agradecer
Abrir os olhos do coração, reconhecer a luz soberana sobre nós
Receber uma graça especial para trilhar novos caminhos
Acordar os sonhos adormecidos, e pela fé, trazê-los a existência.
É tempo de esvaziar os odres para receber vinho novo
Abrir novas páginas, escrever novas histórias
Multiplicar os abraços, as ações de bondade
Valorizar o outro, almejar o amor, a paz
É Tempo de alcançar o inalcançável
Abraçar os dias com gratidão, alegria e perseverança
Replantar sementes, colher novas flores, novos frutos
Transpor fronteiras com ousadia e firme esperança.
Arnalda Rabelo







domingo, 27 de dezembro de 2009

Um Dia


De súbito, entre a sombria
roda dos dias iguais,
às vezes sucede um dia
que se distingue dos mais.
É um dia raro, feito
à medida do teu peito,
onde o meu busca repouso.
Um dia claro, luminoso
e sobre todos perfeito.
Um dia contra o cinzento
correr dos dias iguais,
no qual me invento e te invento
para sermos o momento
que não findará jamais.
Torquato da Luz


Escrevo cartas, caso não saibas,
escrevo, escrevo, escrevo...
Se descuidar escrevo todos os dias,
em quase todas as horas.
Na falta de notícias falo de mim,
faço narrativas do que vejo
além das janelas, do tropeço das ruas.
Trago para fora panos puídos das vestes
de minhas ilusões, meu olhar quebrado,
poeiras, esteiras onde se deitam, cansados,
meus sonhos adormecidos.
Tem tanto a ser dito que, ai de mim,
não dou conta de tudo que se tem a dizer.
E dá-lhe papéis, selos, endereços, envelopes,
gente, cidades, remetente,
e um gosto de adeus a cada carta que se vai.
Quem a recebe, recebe retalhos do que sou,
ecos do meu silêncio, pedaços distribuídos.
Tristezas, alegrias, contemplações, ausências:
ainda não sei o paladar das letras,
mas quero-as apascentadas,
como as pipas no céu
inocentes, ingênuas, indiferentes,
sem trazer na feição
a dor ansiosa do coração dos meninos.
Zeca Corrêa Leite