meu vestido estampado em fundo preto.
É de seda macia desenhada em campânulas vermelhas
à ponta de longas hastes delicadas.
Eu o quis com paixão e o vesti como um rito,
meu vestido de amante.
Ficou meu cheiro nele, meu sonho, meu corpo ido.
É só tocá-lo, volatiza-se a memória guardada:
eu estou no cinema e deixo que segurem a minha mão.
De tempo e traça meu vestido me guarda.
Adélia Prado
Olá, amiga. Gostei do seu blog. Voltarei mais vezes aqui. Adélia Prado, essa escritora mineira, de Divinópolis, é excepcional! Escelente escolha, amiga.
ResponderExcluirBeleza! Adorei! Beijinhos