XXXIV
Esta chuva tem uma melancolia
de úmidas árvores, de pálidas luas,
de aromas sonâmbulos no tempo.
Um frêmito perpassa os ruídos
e bate à porta de meu silêncio
e entra.
Algo em mim, eu sinto,
chama as almas
que de outros reinos
isentas de voz me chegam.
(Eu sou o dócil instrumento
daquelas naturezas dormentes
que agora, eu sei,
me são algo de dentro)
Fernando Campanella
Nenhum comentário:
Postar um comentário