A folha que,
já seca,
o impulso sente
e estala
e solta
e salta
e voa ao vento,
de um mês de abril
que teima e ainda é quente,
se junta às outras folhas no cimento
em roda de ciranda,
docemente,
e brinca,
pula,
dança,
- é sentimento -
e faz um quase guizo
diferente do grito
de ser livre no momento...
E o galho que,
desnudo,
resistiu,
agora sem a folha desgarrada,
emite ao vento
um longo assobio pungente
de uma voz desconsolada
anunciando o tempo à frente
- o frio -
seu único parceiro,
só,
mais nada...
17/04/2012
Cesar Veneziani
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