Tarde de maio,
eu sou o que vaga
espírito que viaja
morada de vento,
abrigo de nada.
Eu sou o que noite deserda
e em palhas de sombras
anseia seu ninho.
Trilho o futuro
- meu ser é radiotelescópio-
mas por estas vias errantes
sempre a mim mesmo eu volto.
De luz a sede intransponível,
nada do que toco me veste.
Só meu caminho é arrimo.
O filho do homem
tem a ilusão do destino.
F. Campanella
Mais um poema muito bonito. Sem tempo para mais de momento, voltarei mais tarde para continuar a ler este poeta que não conhecia.
ResponderExcluirUm abraço