Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este braço
que é uma arma de dois gumes amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
António Ramos Rosa
CÉU CINZA
ResponderExcluirHOMENS PÁLIDOS
CALAM-SE OS PÁSSAROS
IMIGRAM OS JARDINS
CÓRREGOS SECAM
JANELAS SE FECHAM
E O SUBSOLO EMERGE
TRAZENDO ESPERANÇA AMARGA
TATUADA NAS NUVENS QUE RESTAM
É CHEGADA A HORA
DA VIDA PARIR A MORTE
HÍBRIDA E TREVOSA
DO ADEUS FRIO
QUE MES DESTE NA ÚLTIMA NOITE
PERANTE A NUDEZ DOS MEUS DESEJOS.